15 março 2011

O Significado da Palavra Solidão

Antes eu tinha essa visão meio... monótona a respeito da Solidão. Para mim, esse sentimento nada mais era do que a sensação de se estar sozinho. Aquele aconchego de saber que você está, queira ou não, solitário, sem ninguém com quem se preocupar. Não digo apenas solidão física, aquela de estar trancado no quarto assistindo anime. Pode ser a Solidão psicológica também. De se sentir isolado, sem laços com ninguém. Não de viver isolado, mas de manter uma... digamos... "distância de segurança" das outras pessoas.

Tá aí uma coisa que eu fiz por muito tempo, diria até que por tempo demais: manter a tal da distância de segurança. Tentar não se afeiçoar muito às outras pessoas, para evitar qualquer tipo de ligação com as mesmas. Uma atitude meio egoísta e mesquinha, mas vá lá... auto-defesa é isso...

Mas então, a solidão proporcionada por este tipo de vida é bem amena. Bem fácil de administrar. Você se isola, ignora todos, faz parecer que está solitário por opção, o que muitas vezes é verdade, e assim vai vivendo. Pessoas que não te são importantes não te dão saudades. Você só sente falta daquilo que gosta. Até aí, tudo muito bom...

Agora, temos aquele momento em que você resolve quebrar o paradigma e se aproximar de alguém. E você se torna amigo. E se apaixona... E vem aquela história de simplesmente não conseguir mais ficar longe da pessoa em questão.
Mas é lógico, você não pode ficar grudado na pessoa que ama o tempo todo. Por mais que isso te soe perfeito, não é algo factível. Não é nem mesmo saudável. Dizem que a paixão é como uma planta, que precisa de ar e de espaço para florescer. Então, vocês se afastam às vezes. Por um dia, quiçá por uma semana. E aí é que vem a verdadeira solidão...

Ouvi dizer que, naquele livro do Dostoié... ehrm... Dostoiévski? Talvez? Não lembro o nome do russo maldito e não tô com saco pra "googlar"... Enfim... aquele livro, "Crime e Castigo" (que lembra muito o título de um livro da Nora Roberts... mas vá lá...), ele fala que a real punição na cadeia, a verdadeira privação da liberdade não é não poder sair de lá, mas se ver obrigado a estar sempre acompanhado. Não conseguir, em hipótese alguma, ficar sozinho. O fim da privacidade. Aí é que reside a punição.

Pois, creio que com o amor, aconteça o contrário, talvez. A real solidão não é estar sozinho, mas estar longe dela. Mesmo que você esteja cercado de inúmeras e das mais variadas pessoas, ainda assim, sem ela, aquela que lhe é especial, é como se você estivesse sozinho, em uma sala cheia de ruídos e vozes estranhas... Falantes, notáveis, porém ininteligíveis...

Desde que passei a gostar de alguém, gostar de verdade, passei a sentir uma falta tremenda da dita pessoa. Nada muito obsessivo, mas ainda assim, uma dependência sensível. Não que eu vá morrer se não vê-la por um momento, mas com certeza, se eu vê-la naquele instante, terei uma razão para sorrir. E aí... você experimenta essa felicidade fácil, singela, viciante, e já não consegue mais ignorar tal sentimento. E quando ela se afasta, quando sai do seu alcance... bem... vem a saudade. Apertando o peito. E de nada adianta tentar ignorar o sentimento, ou saciá-lo com alguma coisa que ocupe sua mente. De nada resolve. E você se sente só. Não por estar isolado. Mas por não estar com ela.

Solidão de quem é só, é isolamento. Solidão de quem está apaixonado, é saudade.
Saudade vicia. A parte ruim é a sede intensa que ela te aplica. A incapacidade de saciar o desejo por aquela companhia, indiferente do que se tente. A parte boa é que... bem... quando se reencontra aquela pessoa de quem se tinha saudade... é... vale a pena.

10 março 2011

Coisas aleatórias

Retorno de Carnaval é uma coisa animalescamente estranha. Bom, pra mim nunca havia sido, visto que o Carnaval nunca me significou nada além do feriado. Mas pro resto do mundo, parece aquela coisa de "opa, vamos lá, começou o ano". E daí o que acontece? O povo chove no banco querendo acertar as contas. A quantidade de negociações de dividas que eu fiz hoje foi uma coisa inexplicável. Boneco se endivida na virada do ano [não sei o que diabos fazem com o décimo terceiro, mas enfim...] e daí me aparece lá agora, três meses depois, querendo reparcelar a dívida e tal. Lógico que eu ajudo. Lógico que eu me esforço pra resolver o problema. Mas ainda assim, fico com aquela sensação de estar "fazendo vista grossa".

O povo é burro e não sabe lidar com o dinheiro. Depois cria aquelas dívidas homéricas e começa a choramingar. "Ai juro abusivo, ai os produtos são sedutores demais, ai o banco me enganou". Sim, mas ninguém te obriga a gastar. Você gasta porque quer, jovem.

Falta uma reeducação financeira no povo brasileiro. O pessoalzinho tem que aprender a gastar só o que tem... e não comprar coisas desnecessárias só porque elas estão disponíveis em "17x sem juros nas Casas Bahia".


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Hoje resolvi largar a faculdade. Sim, um mês depois de começar. A minha facilidade pra desanimar das coisas é absurda. Mas eu simplesmente sei que não era pra mim.
"Ah, mas não deu tempo de ter certeza", você diz. Provavelmente não, mas eu simplesmente sei. Posso não saber em absoluto o que eu quero da vida, mas tenho plena certeza do que eu não quero. Essa faculdade de Direito sempre me soou como um erro, mas eu resolvi tentar. Não demorou quase nada para perceber que sim, foi um erro. E um erro caro. Por isso a decisão rápida de saltar fora. Agora, volto a ter tempo livre, o que talvez faça essa porcaria aqui voltar a ter posts mais constantes... mas não prometo nada, né...



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A melhor parte de ter uma namorada, e cá entre nós, eu não levava fé que isso fosse verdade até hoje, quando comprovei, é a parte do apoio incondicional. Claro, isso se restringe aos namoros em que as duas pessoas estão juntas porque se amam de fato, e não porque querem "sexo grátis" ou para fazer um grau ou sabe Deus quais outras safardanagens as pessoas inventam pra justificar namoro.
Mas como eu ia dizendo, a decisão de largar a faculdade me fez surtar ligeiramente. Não, me fez surtar muito. Debates enfadonhos no interior da minha mente. Ter múltiplas personalidades pode ser problemático, vez por outra. Mas aí entra a presença da namorada, que atua como um Porto Seguro para a discussão. Afinal, indiferente de quantas e quais sejam as forças que estão guerreando no interior da sua mente, todas elas têm em comum o amor enlouquecedor pela donzela dos cabelos cor de rosa. Logo, fica mais fácil controlar essa confusão toda. No fim das contas, ela é mais do que minha amiga, companheira, parceira de animes e de conversas fiadas: ela é também um dos poucos santuários de sanidade que existem no interior da minha mente. E talvez a única certeza sobre o meu futuro. O desejo concreto de viver com ela pra sempre.


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E o Grêmio? Time filho da p***, honrou o título de Imortal Tricolor e foi buscar o resultado nos últimos (e quando digo últimos, digo últimos mesmo) minutos da partida. Um jogo emocionante como a tempos não se via. E animador. Ganhamos o título, saímos com tudo. Importante.

Animou minha noite que, vinha cambaleando. Mais animador ainda foi descobrir que a minha namorada, que cada vez me surpreende mais (já descobri que detesta salada e cebola e que não tem medo de gore.) tem uma tendência pré-determinada para torcer pelo Grêmio. Quando eu digo que ela é perfeita, ficam bravos comigo. Bom, ela fica brava... Mas vá lá...


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Enfim, acho que é a isso que se resume meu dia. Tempos que eu não fazia uma postagem aleatória por aqui. Bacana. Pra desafogar e tal. Pretendo fazer isso mais vezes. Só não espero que se torne um hábito... senão eu perco o meu traço de personalidade de simplesmente ocultar tudo o que eu sinto. Já pensou?