20 fevereiro 2011

Jogar Palavras no Papel.

Preciso de um caderno novo.
Não preciso de um caderno com muitas frescuras e tal, só precisa ser um caderno companheiro.
Companheiro de todas as horas, todas as ideias. Preciso marcar a mudança.
O que melhor que um caderno, com novos e velhos textos, para isso?
Um caderno que possa repousar minha lapiseira, que eu possa fazer malabarismos com ela e assim um texto nascer... Preciso apenas do caderno...
Os motivos e a mudança eu já os tenho... Aqui comigo há mais do que um simples desejo... Mais do que o "simples amor".
Só me falta o caderno
para poder finalmente
começar o novo
TEMPO.


Cuidado.
Simplesmente jogar as palavras no papel pode, sim, gerar algo bacana. Mas, pode também ser desastroso.
Apenas jogá-las não traz sentido algum. Somente o buscar, o trabalhar, o ler e reler faz com que seus textos tenham um valor maior do que o simples brincar com as palavras.
Pensar significa ter "aquela" ideia e trabalhá-la mentalmente, buscando os sentidos, a melhor forma de expressá-la, buscar e rebuscar novamente o clímax, uma forma verdadeira, independente do tipo de texto para que ela seja bem escrita e, só então pegar o lápis, lapiseira ou caneta e começar a colocá-la no papel. Apreciar cada momento, cada palavra, faz com que o escritor produza mais do que um simples texto.

As cinco primeiras palavras revelam tudo sobre o texto? Blasfêmia...
Trata-se apenas da primeira impressão que você tem de um texto. Ele pode conter mais do que o significado daquelas cinco primeiras palavras, talvez, um pouco hesitantes do autor.

Textos grandes são cansativos? Blasfêmia...
Trata-se apenas de lê-los com calma, encontrando assim um mundo irreal, que fará a sua imaginação voar livremente, participar do texto e, quando ele finalmente acabar... Vai descobrir que ele poderia ter mais, muito mais.

Textos curtos são melhores, mais rápidos e práticos? Blasfêmia...
Em não perder tempo, você perdeu um mundo, sua mente ficou restrita a poucas palavras, aquele pequeno universo não faz com que busque mais sentidos, com a maior liberdade e pode até te fazer viajar pelas fronteiras perigosas da interpretação dúbia. Eles têm seu valor, mas devem ser pensados com calma para que o mundo e o clímax estejam ali, sem perdas. Não deve ser apenas um jogar de palavras no papel como a exemplo da primeira parte deste post.
Cada um tem o poder de expressar seu sentimento de uma forma ou outra... Mas não podemos simplesmente ignorar o expressar do outro pelo fato de que esse não combina com o seu jeito. Na literatura, entre o mundo de poesias, histórias, crônicas, poemas, contos e tantos outros, há dimensões variadas de idéias, sentimentos e palavras.

Apenas abra os olhos de sua alma, ou perderá todo o significado.

Arnaldo Jabor




Puta mentira, esse texto não é dele. Haha

Mas também não é meu. Mesmo que, em sua totalidade, ele reflita a minha opinião. Existem textos e textos, arte e arte. Não há como comparar, tal como não há como eleger melhores e piores.
O que se pode fazer é escolher qual delas mais te agrada. E, se sua mente assim permitir, tentar apreciar as formas variadas.
Sem tentar mudar. E sem desmerecer.

Pois a arte não é uniforme, não segue regras nem diretrizes. A beleza da arte está, como dizem, nos olhos de quem vê. A questão é ver.

E, minha opinião pessoal: contos superam em muito poemas. Por que exigem da tua imaginação um trabalho que o poema não. Não que a poesia não interaja com a criatividade do leitor. Mas ela o faz de uma forma diferente. Menos desafiadora, mais detalhada.

Prefiro histórias. Prefiro ficção. Prefiro ler por horas a fio. E é isso aí. Isso exemplifica o meu blog. E tantos outros que por aí estão. Contos longos, bem trabalhados [não no caso dos meus, a humildade me obriga a dizer] e que te fazem "perder" mais do que 2 minutos a fim de que possa apreciar.

Mas também, entendo minha incompreensão... Em um mundo ágil e prático, quem tem tempo para ler mais do que dois parágrafos? A graça das coisas é ler o resumo. A praticidade de exprimir sentimentos em poucas palavras. Pena, não consigo. Por mais que eu ame as coisas simples, meus sentimentos, em sua maioria, são complexos.

Paciência.
Só sei que, quando a hora derradeira chegar e, seja quem for, me perguntar como foi minha vida, quero poder dizer: "jovem, sente-se aí e se prepare, porque a história vai ser longa."
Já pensou, sua vida em dois parágrafos? Medo!

Simplicidade tem lugar. E não é na literatura. Quero calhamaços gigantescos. Quero Senhor dos Anéis. E tenho dito.

2 comentários:

  1. Nham...

    >.<'
    Continuo sem inspiração pra comentar, mas...
    Eu li õ/

    ResponderExcluir
  2. Gostei do texto (mais da parte que tu escreveu, mesmo xD)..
    E... é estranho como algumas pessoas exprimem aquilo que a gente gostaria de escrever com as palavras certas, às vezes, não?
    Enfim... Também fico imaginando o que seria (ou o que será?) da geração de agora, no futuro (quantas pessoas cardíacas e com doenças afins por ansiedade, estresse, etc.). Pessoas sem paciência... Se quiser, tem um vídeo muito bom que por acaso vi esses tempos, acho que tem bastante a ver com essa questão de tempo: http://www.gizmodo.com.br/conteudo/tudo-e-maravilhoso-hoje-e-ninguem-esta-feliz/ (o que eu tinha visto no vimeo tava legendado, mas foi excluído =/ )

    ResponderExcluir

É sério?